Essa campanha, iniciada em outubro e ainda em atividade nas redes sociais, utilizou centenas de contas falsas que se passavam por americanos reais para disseminar mensagens favoráveis a Israel. O foco principal dessas mensagens eram os legisladores dos EUA, especialmente os democratas negros, como Hakeem Jeffries e Raphael Warnock, incentivando-os a apoiar o financiamento do Exército de Israel durante a guerra na Faixa de Gaza.
O uso do ChatGPT, um chatbot alimentado por inteligência artificial, foi uma das estratégias adotadas para gerar conteúdo. Além disso, a campanha criou três sites de notícias falsos em inglês para promover a posição de Israel, conectando-os a contas falsas nas redes sociais.
Essa operação de influência, coordenada pelo governo de Israel, teve sua conexão com a campanha recentemente verificada pelo The New York Times com base em informações de autoridades israelenses e documentos relacionados. Essa iniciativa é considerada inédita e revela os extremos que Israel está disposto a percorrer para influenciar a opinião pública americana sobre o conflito em Gaza.
A campanha destacou a importância da opinião pública dos EUA para Israel, que historicamente tem sido um forte aliado do país. No entanto, o aumento das mortes de civis em Gaza tem levado a um questionamento por parte de alguns americanos, que pedem uma revisão no apoio americano a Israel. A atitude de Israel nesse episódio foi criticada como imprudente e irresponsável por especialistas.
A Meta, proprietária do Facebook e Instagram, e a OpenAI interromperam a operação e removeram diversas contas associadas a essa campanha de influência. A Stoic, empresa responsável pela execução da campanha, não se pronunciou sobre o assunto até o momento.