Segundo informações reveladas pelo Valor Econômico e confirmadas pela imprensa, a General Shoppings e Outlets estariam utilizando argumentos ambientais para obstruir obras na região de Guarulhos, em São Paulo. A empresa, que possui sete Outlets Premium e nove shoppings em todo o Brasil, teria sido alvo de pelo menos 11 ações judiciais com base nessas alegações.
A denúncia partiu da Gazit, empresa proprietária de seis shoppings em São Paulo, que acusou as empresas investigadas de praticarem a litigância fraudulenta. De acordo com a denúncia, as entidades estariam agindo de forma coordenada, com um advogado atuando tanto para as entidades quanto para a General Shoppings.
O conselheiro Gustavo Augusto ressaltou a gravidade das acusações e afirmou que, caso comprovadas, as condutas em questão estariam prejudicando a livre concorrência e a livre iniciativa no mercado. Ele solicitou diligências probatórias, como a intimação das associações, institutos e ONGs envolvidas, oitivas de dirigentes e a consulta aos bancos de dados das justiças estadual e federal.
A decisão de reabrir a investigação vai ao encontro do entendimento de que há indícios suficientes para justificar o aprofundamento das investigações sobre possíveis violações à ordem econômica. A próxima sessão de julgamento do Cade, marcada para 14 de agosto, deverá deliberar sobre o caso. Este episódio levanta questões importantes sobre a transparência e a ética no mercado empresarial, e merece ser acompanhado de perto pelas autoridades competentes.