Cabo da PM alega legítima defesa em caso de disparo que resultou na morte de Cledson, mas família contesta versão.

Na noite de ontem, um incidente envolvendo um cabo da Polícia Militar e um homem chamado Cledson resultou em um tiroteio fatal. O cabo alegou agir em legítima defesa, relatando que estava no carro com a esposa e amigos quando se viu ameaçado e decidiu reagir. O caso está sendo investigado pela 15ª Delegacia de Polícia.

Porém, a família da vítima nega essa versão. Em entrevista exclusiva ao UOL, o irmão de Cledson, Cleber de Caldas, contestou a narrativa do cabo da PM, alegando que o policial atirou pelas costas do seu irmão após uma discussão. Cleber afirmou: “O cara deu um tiro pelas costas do meu irmão depois da discussão. Não acredito nessa versão do policial das ameaças, até porque ele (Cledson) não era violento. Ele era igual uma criança, brincalhão. Ele [o PM] estava despreparado. Eu não sei dizer quem chamou socorro, mas o cara não foi”.

O cabo da PM não foi preso e se apresentou à 15ª DP, entregando a arma. Ele relatou à polícia que, após um encontro com Cledson em um semáforo de Ceilândia, a vítima teria ido até seu carro e ameaçado de morte. No entanto, o irmão da vítima mais uma vez contestou essa versão, alegando que ambos saíram dos carros durante a discussão.

Cleber também expressou sua indignação com a atitude do policial, alegando que ele deveria ter ligado para a polícia antes de atirar, se a vítima realmente estava alterada como afirmou. Em suas palavras: “Foi uma tragédia. O policial atirou no meu irmão, puxou para a beira da pista e foi embora. Depois de meia hora, ele foi para a delegacia. Eu acredito que ele deveria ter ligado para polícia para falar que meu irmão estava alterado antes de atirar, se aconteceu como ele falou”.

A situação continua sob investigação, e novos desdobramentos são aguardados nos próximos dias.

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