Em meio a esse cenário de vitória para Bukele, o líder do FMLN, Hugo Martínez, admitiu que os resultados não foram favoráveis para o partido. Em uma declaração, Martínez mencionou a necessidade de reavaliar e reestruturar a estratégia do partido, estabelecendo novas formas de trabalho e organização para alcançar um melhor desempenho nas próximas eleições.
Para muitos analistas políticos, essa derrota do FMLN reflete um desgaste crescente do partido de esquerda, que já vinha sofrendo com processos judiciais por corrupção envolvendo ex-presidentes do partido. Os ex-mandatários Mauricio Funes e Salvador Sánchez Cerén enfrentam acusações de corrupção e fugiram do país, buscando refúgio na Nicarágua.
Diante desse cenário, a vitória avassaladora de Bukele e seus aliados representa um fortalecimento da posição do presidente e de suas políticas, consolidando ainda mais seu poder no país. Enquanto isso, o FMLN enfrenta um momento de reflexão e reestruturação, buscando se reconectar com o povo salvadorenho e se reinventar como uma força política relevante no cenário nacional.
Essas eleições municipais marcaram um ponto de inflexão na política salvadorenha, com Bukele consolidando seu domínio e o FMLN enfrentando um desafio existencial que exigirá uma profunda transformação interna para se manter relevante no futuro.