Brasileiros em Nova York protestam contra PL Antiaborto por Estupro e defendem direitos reprodutivos em manifestação na Union Square.

Na tarde de segunda-feira (17), em Nova York, diversos pesquisadores, trabalhadores da Saúde, artistas e ativistas brasileiros se uniram em um protesto contra a PL Antiaborto por Estupro. O ato foi marcado por críticas ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e ao conservadorismo presente no Brasil.

O evento, que reuniu aproximadamente cem residentes, foi organizado por Myriam Marques, gerente de enfermagem da Universidade Columbia. Marques destacou a diferença no acesso ao aborto nos estados de Nova York e Nova Jersey, em comparação com a situação no Brasil. Ela ressaltou que em Nova York as mulheres desfrutam de direitos reprodutivos quase plenos, inclusive as imigrantes têm acesso ao procedimento.

Durante o protesto, mulheres compartilharam experiências positivas quanto à privacidade e respeito recebidos ao realizar o aborto nos Estados Unidos. Cartazes com frases como “Criança não é mãe” e “Mulheres imigrantes brasileiras pelo direito de escolha” foram exibidos em inglês e português, demonstrando a diversidade e união dos participantes.

Diversos coletivos e grupos estiveram presentes no ato, incluindo o Kilomba, Defend Democracy in Brazil, Mulheres da Resistência, o Comite Popular de Luta NJ-NY-PA, o grupo de Pesquisadores e Universitários Brasileiros em New York (PUB-NY) e ativistas LGBTQIA+.

O protesto foi convocado rapidamente após a aprovação de um requerimento de urgência para o projeto antiaborto na Câmara dos Deputados. O PL Antiaborto por Estupro propõe equiparar as penas para abortos realizados após 22 semanas de gestação às previstas para homicídio simples, além de proibir o aborto em casos de viabilidade fetal, mesmo em situações de estupro.

Os organizadores enfatizaram a importância de avançar em direitos e não retroceder, destacando a necessidade de garantir a vida e escolha das mulheres, pessoas que gestam e crianças. Um novo protesto está marcado para o próximo dia 30, durante a Queer Liberation March.

A atuação desses brasileiros em Nova York demonstra a mobilização e resistência contra retrocessos em direitos reprodutivos no Brasil, bem como a busca por garantir a liberdade de escolha e o respeito à autonomia das mulheres.

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