Os sequestradores pediram inicialmente US$ 8.000 de recompensa pela libertação de Freitas, mas reduziram o valor para US$ 4.000. A família enviou apenas US$ 1.200, que não teria satisfeito os criminosos, que o mantiveram preso. Segundo informações disponíveis nas redes sociais, a cidade de Guayaquil, onde Freitas trabalha, é alvo de disputas entre traficantes, o que pode ter sido um dos motivos para o sequestro. No entanto, as autoridades acreditam que os sequestradores não fazem parte de facções de narcotraficantes que têm espalhado violência no país.
O Itamaraty informou que acompanhava a denúncia do sequestro, mantendo contato com a família e buscando apurar as circunstâncias do ocorrido junto às autoridades locais. O Brasil acompanhou com cuidado o tema, mas a avaliação de diplomatas era de que a crise era um problema interno do Equador e não corria risco de se alastrar para a região. Na manhã desta quarta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com assessores para abordar a crise equatoriana, entre outros assuntos. O governo brasileiro apoiará uma declaração redigida pelo Chile no âmbito do grupo de países da América do Sul signatários do Consenso de Brasília, que apoia o governo e o povo equatoriano, repudia os ataques criminosos e deseja o pronto restabelecimento da segurança pública no país.
Segundo autoridades, a crise equatoriana permanece como um problema interno do país, sem riscos de afetar a região. Até o momento, o presidente equatoriano Daniel Noboa não fez outras demandas de auxílio ao governo brasileiro, mas diplomatas afirmam que o país ainda deve solicitar formas de cooperação. A situação permanece em acompanhamento pelas autoridades equatorianas, e o retorno de Freitas à sua rotina está sendo aguardado. O Brasil continua atento aos desdobramentos da situação e mantém apoio político e diplomático ao Equador.