Brasileiro desaparecido em ataque a Israel lidera lista de vítimas e reféns; família aguarda notícias em meio à tensão política.

Há férias mais doídas do que esperar indefinidamente por notícias de um ente querido desaparecido? A esperança vacila, e o desespero se instala. Para a família de Michel Nisenbaum, 59 anos, o pesadelo ainda não terminou, um mês depois de ele ter sumido em meio a um dos mais sangrentos ataques sofridos por Israel em 50 anos.

Michel, técnico de informática, desapareceu no dia 7 de outubro, após ter telefonado para uma de suas filhas e informado que iria buscar a neta em uma base militar. Um terrorista atendeu o telefone, gritando “Hamas” e proferindo palavras em árabe, sem dar mais notícias. Desde então, sua família vive em suspense, especialmente sua mãe, de 86 anos, que vive a angústia de não saber como ou quando verá o filho novamente.

O carro de Michel foi encontrado incendiado um mês depois do ataque, e seu notebook foi recuperado na Faixa de Gaza, renovando as esperanças de que ele esteja vivo. Sua irmã, Mary Shohat, conta que, enquanto espera pelo irmão, a mãe sempre pergunta como ele voltará, se estará de barba ou cabeludo. Filhos, netos, genros e amigos aguardam com ansiedade por qualquer notícia que possa vir a resgatar Michel.

Nascido no Brasil, Michel se mudou para Israel aos 12 anos, vivendo por mais de 45 anos no país. Enquanto aguarda, sua família descreve Michel como uma pessoa bondosa e prestativa, que tem muitos amigos que o adoram. Ele tem duas filhas e cinco netos, com o sexto a caminho. Seu desaparecimento trouxe desespero para a família, especialmente para suas filhas que vivem sozinhas em uma região que também sofre com as tensões e ataques.

Além do sofrimento pela ausência de Michel, a família vive a angústia de ver as tensões crescentes entre Israel e Palestina. Dúvidas surgem sobre o paradeiro dos reféns de Gaza, assim como a possibilidade de troca de prisioneiros entre Israel e o Hamas. Mary manifesta seu medo e preocupação com a situação, ressaltando a importância de ter esperanças apesar das circunstâncias extremas.

Enquanto enfrenta a incerteza sobre o destino de Michel, a família deixa clara a sua solidariedade à situação dos reféns, preocupada com as condições em que eles se encontram em meio ao conflito. A esperança se mantém, enquanto todos eles aguardam por um desfecho que traga alívio a essa situação angustiante.

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