A conquista de Zion foi ainda mais emblemática devido à dedicação ao seu irmão mais velho, Noah Bethonico. A vaga para a competição foi conquistada por Noah, que completou 20 anos, idade limite para participar do torneio. Com isso, Zion herdou a vaga do irmão e se destacou, dedicando a medalha ao apoio e auxílio recebidos de Noah ao longo da competição.
“Eu dedico a minha medalha ao meu irmão Noah, que foi o meu diferencial. Ele esteve comigo o tempo todo. Durante a competição, depois de todas as minhas descidas, ele subiu comigo na gôndola fazendo uma revisão do percurso, procurando me ajudar a melhorar a cada nova bateria. Essa medalha é para ele que é quem sempre esteve mais próximo”, afirmou Zion emocionado.
Para chegar ao pódio, o brasileiro teve que se recuperar após um início discreto. Na primeira bateria, ficou em terceiro lugar, mas nas quatro provas seguintes, Zion venceu todas, conquistando 18 dos 20 pontos em jogo.
Os outros medalhistas da modalidade foram o francês Jonas Chollet, que levou o ouro, e o canadense Anthony Shelly, que ficou com a prata. Até então, o melhor resultado do Brasil em Jogos de Inverno da Juventude era a oitava posição de Marley Linhares no monobob em Lillehammer 2016. Já na versão principal dos Jogos Olímpicos de Inverno, Isabel Clark tinha o melhor desempenho do país com a nona colocação no snowboard cross em Turim 2006.
A conquista de Zion Bethonico representa um marco para o esporte do Brasil em competições de inverno, e seu desempenho certamente servirá de inspiração para novos atletas e para o desenvolvimento da modalidade no país.
