Brasileiras no Líbano enfrentam ataques e buscam repatriação após guerra em Gaza

Os ataques terroristas do Hamas contra Israel desencadearam uma guerra em Gaza que está causando grande impacto não apenas na região, mas também em países vizinhos, como o Líbano. É o caso da brasileira Claudia Martins Melhem, de 41 anos, que vive no sul do Líbano há 16 anos. Claudia estava levando uma de suas filhas ao médico em Tiro, quando uma bomba caiu a duas quadras de distância, levando ela e seu marido a correrem para buscar suas outras duas filhas em casa e fugir.

Com malas sempre prontas e passaportes à mão, Claudia e sua família partiram para Tripoli, no norte do país, após descobrirem que sua casa havia sido totalmente destruída por um míssil israelense. Agora abrigados na casa de um desconhecido, Claudia e suas filhas aguardam ansiosamente por um voo de repatriação que os leve de volta ao Brasil.

Assim como Claudia, outras brasileiras no Líbano estão enfrentando desafios semelhantes. Romilda Carvalho Salman, de 57 anos, está morando com 15 pessoas em uma casa de um quarto e um banheiro em Beirute, desde os recentes ataques. Ela e sua família, que viviam em Dahieh, ao sul de Beirute, tiveram sua casa afetada após um ataque aéreo israelense que resultou na morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah.

A crise econômica no Líbano, agravada pelos conflitos em Gaza, tem impactado diretamente a vida dessas brasileiras, forçando-as a abandonar suas casas e empregos em busca de segurança. Mesmo diante de tantas dificuldades, a solidariedade e o apoio mútuo entre os brasileiros no país têm se destacado, com artistas locais como Maurício Yazbek se mobilizando para ajudar os deslocados pelo conflito.

Diante de um cenário de medo e incerteza, essas histórias revelam a necessidade urgente de atenção e auxílio humanitário para as brasileiras que lutam para sobreviver em meio a uma guerra devastadora no Líbano. A solidariedade e a união se mostram como fundamentais nesse momento de crise e desespero.