Brasil se prepara para guerra híbrida após espionagem contra Dilma – especialistas alertam para risco nas eleições municipais de 2024

A questão sobre a preparação do Brasil para uma guerra híbrida tem sido discutida por especialistas, que apontam exemplos recentes de situações em que o país enfrentou os desafios desse tipo de confronto. Em entrevista à Sputnik Brasil, uma cientista política afirmou que o Brasil já está inserido no contexto da guerra híbrida, citando como exemplo o que ocorreu com a Petrobras a partir de 2013.

De acordo com a especialista, a busca pela autonomia da Petrobras criou uma necessidade estratégica para os EUA de derrubar a presidente Dilma Rousseff. Isso ocorreu devido ao desenvolvimento de tecnologia própria, nacional, para a extração do pré-sal, o que desencadeou uma tentativa de “revolução colorida” com o objetivo de depor a presidente e minar a estatal.

Ela também destacou que o Brasil sofreu um ataque durante o esforço de fortalecimento de uma empresa de hegemonia estatal, o que impactou a democracia e a política do país. A especialista frisou que o Brasil enfrentou uma guerra de posição, com tentáculos que iam desde o Judiciário até as mídias, o que evidencia a complexidade desse tipo de confronto.

Ao abordar a ascensão da ultradireita e as táticas semelhantes de questionamento do sistema eleitoral, da democracia e difusão de fake news, a especialista ressaltou que o Brasil enfrentou os dois modos de guerra no mesmo contexto, o que demonstra a necessidade de preparação para lidar com essa nova realidade de confronto.

Além disso, a especialista destacou a importância de garantir a segurança cibernética e o controle sobre as informações durante os processos eleitorais, pois o Brasil já foi alvo de fake news e desinformação que afetaram a democracia. Ela ressaltou que o país precisa de regulamentação para proteger o processo eleitoral e assegurar a transparência das urnas eletrônicas.

Segundo outro especialista entrevistado, a noção do conceito de guerra híbrida é “interessada” e parte do arsenal dos próprios interesses militares, gerando controvérsias sobre sua definição. Ele afirmou que as guerras híbridas ocorrem em campos que não necessariamente estão ligados ao que habitualmente se veria como “guerra” e, portanto, é necessária uma reflexão mais ampla sobre esse fenômeno.

Diante dessas análises, especialistas apontam que o Brasil precisa estar preparado para enfrentar desafios de uma guerra híbrida, que envolve estratégias e táticas complexas. A segurança cibernética, o controle das informações e a transparência nos processos eleitorais são aspectos essenciais que o país precisa considerar para lidar e responder a esse tipo de confronto.

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