Brasil reduz tempo de espera de navios em portos públicos e apresenta modelo na Organização Marítima Internacional, visando modernização.

O Brasil está prestes a apresentar uma importante conquista na reunião da Organização Marítima Internacional (IMO). A comitiva brasileira vai comunicar que nos 35 portos públicos do país, navios estrangeiros não precisarão mais esperar do que sete dias para atracar, uma redução significativa em relação ao prazo médio anterior de 20 dias. A meta estabelecida para este ano é diminuir ainda mais esse tempo, chegando a apenas quatro dias de espera.

Essa melhoria no tempo de liberação nos portos é resultado do programa Porto Sem Papel, que já está em funcionamento em 85% dos terminais privados no Brasil. Essa iniciativa é fundamental, considerando que cerca de 95% do comércio internacional passa pelos portos, destacando a importância da eficiência nesse setor.

O encontro da IMO em Londres, no Reino Unido, será uma oportunidade para a delegação brasileira compartilhar as inovações implementadas no sistema portuário do país. A modernização desse sistema, que desburocratiza o tráfego marítimo internacional, é um exemplo de como o Brasil está avançando nesse segmento.

Atualmente, o sistema integrado facilita o pagamento de tarifas da Marinha, Anvisa e Polícia Federal, além de padronizar cadastros redundantes entre os portos. Uma plataforma baseada em inteligência artificial otimiza a avaliação dos procedimentos e documentos de forma eletrônica, substituindo a necessidade de preenchimento manual de mais de 2 mil itens de informação em 112 formulários em papel.

O Porto Sem Papel, implementado em 2011 e gradualmente expandido, alcançou mais um marco importante este ano com a inclusão do último porto público, localizado em Porto Velho (RO). Essa iniciativa tem impacto direto na agilidade e eficiência do comércio internacional que passa pelos portos brasileiros.

Portanto, a participação do Brasil na reunião da IMO é uma oportunidade de destacar os avanços conquistados no setor portuário e de compartilhar boas práticas que podem beneficiar a comunidade marítima internacional como um todo. Com isso, o país reforça seu compromisso com a modernização e a eficiência de suas operações portuárias.

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