A pesquisa da Bloomberg considerou a diversidade, o valor dos serviços ecossistêmicos e as ameaças enfrentadas pela biodiversidade em cada país, resultando em uma média ponderada desses fatores. Com base nesses critérios, o Brasil lidera a lista, seguido pela China e Indonésia.
A análise aponta que uma parcela significativa dos US$ 1 trilhão anual em financiamento global deve ser direcionada para a preservação dos ativos naturais brasileiros, como a Amazônia e a Mata Atlântica. Segundo o CEO da BNEF, Jon Moore, a venda de créditos de carbono será uma das áreas que o Brasil precisará explorar nos próximos anos.
O projeto de lei que regulamenta o mercado de carbono no Brasil foi aprovado pela Câmara dos Deputados, mas ainda aguarda avaliação no Senado. Enquanto isso, o Brasil se destaca como um dos países que mais vendem créditos de carbono no mercado voluntário.
Moore ressalta a importância de aprovar a regulação do mercado de carbono no país, para que o Brasil possa arrecadar bilhões com a venda de créditos para outros países. Além disso, são discutidos no Congresso projetos de lei para a produção de combustíveis verdes e a instalação de grandes fazendas de turbinas eólicas no mar.
A BNEF aponta que o Brasil tem potencial para se tornar o maior produtor de hidrogênio verde do mundo, além de ser o sexto país que mais recebeu investimentos em transição energética em 2023. A energia limpa, especialmente a solar, tem ganhado destaque no país e é vista como uma força motriz para o setor.
Para Moore, o Brasil precisa focar seus investimentos em áreas estratégicas, como veículos elétricos, hidrogênio e captura e sequestro de carbono, além de biodiversidade. A clareza de objetivos e o apoio político são fundamentais para atrair investimentos e impulsionar a transição energética no país.