Brasil elevará sua participação no suprimento global de petróleo para 4% até 2030, afirma Agência Internacional de Energia

Segundo o diretor-executivo da AIE (Agência Internacional de Energia), Fatih Birol, o Brasil aumentará sua participação no suprimento global de petróleo para 4% até 2030, em comparação com os atuais 3%, e manterá esse nível na década de 2040. Para o cálculo, Birol considera que o país atingirá a produção de petróleo de cerca de 4,5 milhões de barris por dia ao fim desta década e início da próxima.

Os dados mais recentes da reguladora ANP em dezembro apontaram que a produção média de petróleo do Brasil em novembro atingiu um recorde de 3,678 milhões de barris por dia, impulsionada pelo desenvolvimento de importantes áreas do pré-sal. A expectativa é que a produção doméstica continue crescendo ao longo desta década com o pré-sal.

Birol destacou durante uma coletiva de imprensa em Brasília que “o mundo deveria estar grato ao Brasil por ser um fornecedor confiável”. Ele também lembrou que, embora a procura global de petróleo deva atingir o pico e diminuir em algum momento no futuro, a procura por petróleo não desaparecerá da noite para o dia.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ressaltou que a matriz energética brasileira já é fortemente renovável e que o Brasil busca um papel de protagonismo na transição energética global. Ele afirmou que, com o esforço do povo brasileiro e as riquezas naturais do país, o Brasil já é um exemplo de como uma matriz energética diversificada, plural, limpa e renovável pode ser construída com sucesso.

Tanto o governo federal quanto a indústria de petróleo brasileira têm enfatizado que grande parte da produção de petróleo do país ocorre em alto mar, com baixos custos e baixas emissões. Por isso, o Brasil se credencia para permanecer como um importante supridor por mais tempo que outros players no mundo, durante o processo de transição energética.

Segundo as declarações de Birol, a expectativa é que o Brasil desempenhe um papel significativo no mercado global de petróleo nas próximas décadas, mantendo uma participação sólida no suprimento mundial e contribuindo para a estabilidade do mercado de energia. Com uma produção crescente, o país demonstra sua capacidade de se manter como um fornecedor confiável e estratégico, sendo um exemplo de sucesso na transição energética.

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