Durante o debate, a embaixadora dos Estados Unidos, Linda Thomas-Greenfield, expressou claramente sua rejeição ao texto, alertando que os palestinos estavam tentando distorcer o que foi estipulado pela Corte. Para ela, a aprovação do texto, que dá seis meses para Israel se retirar dos territórios palestinos, seria prejudicial aos interesses de Gaza.
O governo americano defende que qualquer retirada de Israel e o reconhecimento da soberania palestina devem ser resultado de negociações bilaterais. Por outro lado, o Brasil adotou uma postura completamente oposta. Durante o debate, o embaixador brasileiro na ONU, Sérgio Danese, enfatizou que não se pode mais tolerar as violações do direito internacional e do direito humanitário por parte de Israel.
Segundo Danese, ignorar tais violações seria uma injustiça não apenas contra os palestinos, mas também contra os israelenses que desejam viver em paz. Na visão do Brasil, a Corte Internacional de Justiça deixou claro que há o dever de não reconhecer e não prestar assistência à manutenção de situações ilegais.
A divergência entre Brasil e Estados Unidos reflete a complexidade e sensibilidade das relações internacionais, especialmente quando se trata do conflito entre Israel e Palestina. Enquanto os Estados Unidos defendem negociações bilaterais, o Brasil enfatiza a importância de respeitar o direito internacional e garantir a justiça para todas as partes envolvidas. A resolução palestina na ONU continua sendo um tema de grande debate e controvérsia no cenário diplomático mundial.