Brasil busca retomar espaço de destaque na ONU após esvaziamento de brasileiros em cargos de relatoria

A presença de brasileiros nos cargos de relatores na ONU tem sido um tema em destaque recentemente. Durante décadas, era comum ver nomes como Raquel Rolnik, Paulo Sérgio Pinheiro e Léo Heller ocupando essas posições de destaque. No entanto, atualmente, não há um único brasileiro atuando como relator na organização internacional.

O mal-estar entre a ONU e o governo brasileiro durante a presidência de Jair Bolsonaro teve diversas repercussões, entre elas, o esvaziamento dos quadros de brasileiros em cargos importantes na ONU. Diplomatas acreditam que a retomada da presença brasileira na organização seria uma maneira de ampliar a influência do país nos debates internacionais, especialmente no que diz respeito aos direitos humanos e ao posicionamento de uma nação em desenvolvimento.

A escolha de um relator para um cargo na ONU envolve um trabalho intenso de lobby por parte do governo. Isso tem prejudicado a nomeação de nomes da sociedade civil brasileira para essas posições. A decisão final sobre a nomeação é feita pelo presidente do Conselho de Direitos Humanos, após consultas aos estados membros.

Durante uma reunião entre Silvio Almeida e Zniber, o ministro brasileiro pleiteou uma participação mais efetiva do Brasil nos conselhos e organismos internacionais. Ele enfatizou que o país tem experiência e poderia contribuir significativamente atuando em relatorias na ONU. Almeida destacou que essa participação seria benéfica não apenas para o Brasil, mas também para fortalecer a política interna do país.

Em resumo, a ausência de brasileiros em cargos de relatores na ONU tem sido uma preocupação, especialmente considerando o histórico de representatividade do país nesses espaços. O lobby do governo e a necessidade de retomar a presença brasileira na organização são aspectos importantes a serem considerados nesse cenário.

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