No primeiro semestre deste ano, a China diminuiu em 40% as importações de carne suína do Brasil e em 29% as importações de carne de frango. Essa redução foi compensada por outros países da Ásia e do Oriente Médio, que aumentaram suas compras da proteína brasileira.
Países como Vietnã, Japão e Filipinas aumentaram significativamente a importação de carne suína do Brasil, enquanto os Estados Unidos elevaram em 223% as importações de carne de frango. Essa demanda diversificada está ajudando a equilibrar as perdas causadas pela redução das compras chinesas.
A Associação Brasileira de Proteína Animal estima que a produção brasileira de carne suína atingirá 5,2 milhões de toneladas este ano, com exportações de 1,33 milhão de toneladas. Já a oferta interna de carne de frango deve chegar a 15,1 milhões de toneladas, com exportações de 5,25 milhões de toneladas.
No entanto, o setor de avicultura enfrenta um desafio com o reaparecimento da doença de Newcastle no Rio Grande do Sul. Isso levou à suspensão das exportações de carne de frango para vários países, incluindo China, Argentina, México e Macedônia do Norte. O setor terá que redirecionar pelo menos 60 mil toneladas para outros mercados, com impactos principalmente da China e do México.
Apesar desses desafios, a perspectiva de um aumento no consumo nacional de carne de frango e suína é positiva. O setor agora trabalha na certificação de que não haverá reincidência da doença de Newcastle, visando restabelecer as exportações para os mercados afetados.