O TFFF seria um fundo de renda fixa internacional que investiria em títulos públicos de vários países, incluindo o Brasil, com uma estimativa de retorno anual de 7,5% a 8% em dólares. A maior parte dos lucros seria distribuída aos investidores, enquanto o restante seria destinado a países de renda média e baixa que protegem suas florestas.
De acordo com os cálculos iniciais, o Brasil receberia cerca de US$ 1,3 bilhão anualmente, aproximadamente R$ 8 bilhões, por meio do pagamento de US$ 4 por hectare de floresta conservada. Para a implementação do TFFF, seriam necessários US$ 125 bilhões iniciais, dos quais US$ 25 bilhões viriam dos países e organizações apoiadoras, e US$ 100 bilhões de entidades privadas.
A direção do serviço florestal brasileiro aponta que 67 países não desenvolvidos com bioma tropical poderiam se beneficiar do fundo. No entanto, é necessário que esses países tenham o desmatamento sob controle para poderem receber os recursos. O Fundo Amazônia, o ETF Amazônia Para Todos e os créditos de carbono também são iniciativas para apoiar a preservação ambiental e podem se complementar ao TFFF.
A expectativa é que os países interessados em apoiar o projeto indiquem técnicos para participar da construção efetiva do fundo. Com a formalização da proposta, o Brasil busca o engajamento de países ricos e órgãos financeiros para viabilizar o lançamento do fundo na COP30, prevista para 2025 em Belém. A iniciativa demonstra o compromisso do Brasil com a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável.