A ex-secretária municipal de Relações Internacionais de São Paulo, Marta Suplicy, deixou a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) na terça-feira (9), em um movimento que deve levá-la de volta ao PT e a ser vice de Boulos no pleito municipal. O convite para que retornasse ao seu antigo partido e assumisse o posto de vice na chapa do psolista foi formalizado por Lula (PT) durante um encontro no Palácio do Planalto, em Brasília.
Durante todo o processo de aproximação entre Marta Suplicy e o PT, Ricardo Nunes deixou claro que não havia sido informado por sua secretária de seus movimentos, e que ele ficava sabendo pela imprensa a respeito do avanço dessa costura política. A possibilidade de que Marta voltasse ao PT para ser vice de Boulos foi revelada pela imprensa em novembro.
Além disso, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que seu partido e o ex-presidente estarão na campanha de Nunes, ficando acertado que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) definiria o nome do vice. Marta Suplicy expôs sua saída da gestão municipal como uma decisão tomada em comum acordo, agradecendo a equipe com a qual trabalhou e mencionando seus projetos e iniciativas coordenados na secretaria.
A reunião entre Boulos e Marta Suplicy gerou expectativas sobre a possível aliança política e seus desdobramentos na disputa pela Prefeitura de São Paulo. A aproximação entre o PSOL e o PT também desperta interesse sobre como será a dinâmica da campanha eleitoral e a formação de coligações em um cenário político marcado por movimentações estratégicas e alianças partidárias. A reunião entre os dois políticos foi marcada por um clima tranquilo, sem brigas aparentes, segundo relatos de participantes. O encontro reforça as especulações sobre as articulações políticas em torno da eleição municipal em São Paulo e o cenário pré-eleitoral que se desenha na cidade.