De acordo com Collboni, nos últimos 10 anos, os aluguéis em Barcelona aumentaram em impressionantes 68%, tornando cada vez mais difícil para os cidadãos locais conseguirem arcar com os custos de moradia na cidade. Além disso, o preço de compra de uma casa também subiu consideravelmente, com um aumento de 38%.
A preocupação com a desigualdade no acesso à moradia tem se intensificado, conforme os moradores locais se veem cada vez mais excluídos de determinadas áreas da cidade devido à prática de proprietários que preferem alugar para turistas em busca de lucro. Esta questão tem gerado debates acalorados não só em Barcelona, mas em várias cidades europeias.
Diante desse cenário, outros governos locais têm tomado medidas para combater o problema dos aluguéis de curto prazo, como é o caso das Ilhas Canárias, Lisboa e Berlim. A ministra da Habitação da Espanha, Isabel Rodríguez, manifestou apoio à decisão de Barcelona em lidar com essa questão complexa.
Com a Espanha sendo um dos destinos turísticos mais populares do mundo, é crucial buscar um equilíbrio entre os benefícios econômicos gerados pelo setor e a garantia de que os moradores locais tenham acesso a moradia digna e acessível. Caso contrário, a gentrificação e a exclusão social continuarão a ser desafios importantes para as cidades europeias no futuro.
