Enquanto a major Karla mantinha o helicóptero pairando a apenas 50 cm da lama, o subtenente Gualberto desceu até a jovem para colocar um cinto de resgate nela, que foi puxado pelo sargento Welerson de dentro do helicóptero. A imagem do resgate, divulgada posteriormente, mostra a coragem e determinação da equipe em salvar a vida de Talita.
O Arcanjo 4, que atua como uma UTI móvel, chegou à área atingida pelo rejeito de minério de ferro em tempo recorde, apenas 28 minutos após a tragédia. Durante o voo de reconhecimento, avistaram Talita no meio do lamaçal, sendo amparada por dois jovens moradores de Brumadinho que se dispuseram a ajudá-la.
Talita foi a sobrevivente que ficou mais tempo hospitalizada, quase seis meses, devido às fraturas na bacia e no fêmur. Após quatro cirurgias e com mais procedimentos programados, ela finalmente deixou o hospital em julho de 2019, um verdadeiro exemplo de superação.
Infelizmente, o resgate em Brumadinho também teve suas consequências trágicas, como a morte do sargento Welerson durante um acidente em Ouro Preto. Seu colega e amigo, o tenente Gualberto, lamentou a perda, destacando as qualidades do companheiro e também do piloto, o capitão Wilker.
Para Gualberto, Welerson era uma pessoa íntegra e competente, deixando um legado de bravura e dedicação. Já Wilker era um profissional experiente e qualificado, revelando a dor e o luto que a aviação brasileira, especialmente a de resgate, vivenciou com essa triste ocorrência.
Assim, o resgate de Talita em Brumadinho se torna um símbolo não apenas de coragem e solidariedade, mas também de sacrifício e saudade, reforçando a importância e a valorização dos profissionais que arriscam suas vidas para salvar outras.