Anteriormente, devido ao seu mandato como presidente, Bolsonaro teve menos tempo disponível para viajar e fazer campanha por seus aliados, o que limitou suas atividades eleitorais. Além disso, a pandemia da Covid-19 restringiu a circulação das pessoas, impactando as agendas de campanha nas ruas. No entanto, em um cenário atual diferente, o ex-presidente tem se dedicado a apoiar seus pré-candidatos e transferir sua popularidade para eles.
Viajando para diversas cidades, especialmente nos principais colégios eleitorais do país, Bolsonaro busca garantir votos para seus aliados e preparar o terreno para a disputa presidencial de 2026. Sua presença nas campanhas locais tem sido fundamental para fidelizar eleitores e fortalecer a imagem de liderança política de direita no Brasil.
Além de Bolsonaro, seus filhos Flávio, Eduardo e Carlos Bolsonaro também têm participado ativamente das agendas eleitorais, promovendo a plataforma Ação Conservadora e oferecendo cursos para os candidatos interessados em seguir a estratégia que elegeu o presidente em 2018.
O PL, partido liderado por Valdemar Costa Neto, tem como meta eleger de 100 a 150 prefeitos em São Paulo, consolidando o interior como um reduto bolsonarista. Com a derrocada do PSDB, o partido vislumbra a possibilidade de conquistar eleitores tradicionalmente ligados à sigla tucana.
Por outro lado, o Partido dos Trabalhadores (PT), liderado pelo ex-presidente Lula em São Paulo, busca consolidar seu apoio em municípios onde já governou e fortalecer suas bases para as eleições de 2022. Com Lula concentrando suas agendas nas principais capitais, a legenda petista almeja triplicar o número de prefeituras no estado.
Em um cenário polarizado e marcado pela presença dos principais líderes políticos do país, as eleições municipais de 2024 prometem ser um termômetro para o cenário político nacional e para as estratégias dos principais partidos brasileiros.