Para muitos de seus apoiadores, esse ato será uma oportunidade para o presidente mostrar que é transparente e corajoso, não tendo medo de enfrentar acusações diante de uma multidão. A expectativa é de que Bolsonaro faça um discurso inflamado para defender a si mesmo e sua administração. No entanto, para críticos e opositores políticos, o silêncio adotado por Bolsonaro em seu depoimento à Polícia Federal foi interpretado como uma tentativa de escapar das perguntas que poderiam complicar ainda mais sua situação.
Mesmo tendo o direito constitucional de permanecer em silêncio durante seu depoimento, a decisão de Bolsonaro gerou controvérsia e críticas. A defesa do presidente alega que ele preferiu ficar em silêncio porque não teve acesso aos arquivos da delação de seu ex-faz-tudo, Mauro Cid. Segundo seu advogado, Paulo Cunha Bueno, a investigação é “semissecreta” e que o presidente “nunca foi simpático a qualquer tipo de movimento golpista”.
Essa postura adotada pelo presidente vem sendo amplamente debatida e analisada pela sociedade, ampliando as tensões políticas e sociais no Brasil. Enquanto alguns apoiadores defendem a postura de Bolsonaro, outros a enxergam como uma estratégia para evitar questões que poderiam prejudicá-lo. Diante disso, resta esperar como será o posicionamento do presidente no ato marcado para os próximos dias, o que certamente terá repercussões significativas no atual cenário político do país.