Repórter São Paulo – SP – Brasil

Bolsonaro desafia tradição diplomática e participa da posse do presidente argentino com discurso anti-esquerda

Recentemente, durante a posse do presidente da Argentina, Alberto Fernandez, uma ausência chamou a atenção: a do presidente brasileiro Jair Bolsonaro. Apesar de ser tradição que os presidentes brasileiros e argentinos atendam às posses uns dos outros, Bolsonaro foi uma exceção em 2019 ao ficar ausente na posse de Fernandez.

No entanto, Bolsonaro pareceu quebrar a tradição ao aceitar o convite do próprio futuro mandatário da Argentina para comparecer à sua posse. Além disso, o presidente brasileiro também se reuniu com o candidato presidencial argentino Javier Milei em Buenos Aires. Durante o encontro, Bolsonaro declarou que é “inimigo da esquerda” e afirmou que “a direita está crescendo não apenas na Europa, mas em todo o mundo”.

Apesar das divergências ideológicas, a ex-presidente brasileira Dilma Rousseff deixou de lado suas diferenças políticas e participou da cerimônia de eleição do ex-presidente da Argentina Mauricio Macri. Esta atitude de Dilma demonstrou a capacidade de separar questões pessoais e políticas em nome do bom relacionamento entre os dois países.

Além do chanceler brasileiro, outras autoridades estrangeiras estiveram presentes na posse de Fernandez, como o presidente do Chile, Gabriel Boric, e o presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou. Da Europa, Itália, França e Reino Unido enviaram ministros de seus respectivos governos, enquanto a Espanha prestigiou o evento com a presença do rei Felipe VI.

O comparecimento de Bolsonaro à posse de Fernandez marcou uma reviravolta nas relações diplomáticas entre Brasil e Argentina. Esta atitude pode ser vista como um esforço para melhorar as relações entre os dois países e superar as diferenças ideológicas, visando uma cooperação e parceria mais estreita entre Brasil e Argentina.

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