Bolívia rompe relações diplomáticas com Israel em repúdio ao genocídio em Gaza

A Bolívia anunciou nesta segunda-feira seu rompimento de relações diplomáticas com Israel em resposta à ofensiva militar israelense na Faixa de Gaza, que ocasionou um grande número de vítimas civis e o deslocamento forçado de palestinos. A decisão foi recebida com repúdio e condenação ao Estado israelense.

O presidente boliviano, Freddy Mamani, afirmou que a medida é uma manifestação de repúdio à agressiva e desproporcional ação militar de Israel. Ele ressaltou que a decisão está de acordo com os princípios da carta das Nações Unidas, que garantem o direito à vida, à liberdade, à paz e à rejeição de tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes.

Além disso, a posição adotada pela Bolívia é baseada em princípios humanitários e no respeito à vida. Desde o início do conflito, o governo boliviano tem apelado urgentemente pela paz, pela redução da violência e pela preservação dos direitos humanos. A medida também reafirma o comprometimento da Bolívia com a ajuda humanitária – o governo de Luis Arce anunciou o envio solidário de alimentos à Faixa de Gaza para minimizar os impactos da agressão sionista.

Outra proposta apresentada pelo ex-presidente Evo Morales é declarar Israel como um Estado terrorista e apresentar uma denúncia ao Tribunal Penal Internacional contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, por crimes de guerra e lesa-humanidade.

É importante destacar que as relações diplomáticas entre Bolívia e Israel já haviam sido rompidas em 2009, devido às matanças e torturas indiscriminadas contra a população palestina. No entanto, durante o governo golpista de Jeanine Ánez, as relações haviam sido retomadas, o que gerou críticas por sua vassalagem aos Estados Unidos.

A decisão da Bolívia de romper relações diplomáticas com Israel recebeu apoio de diversos setores da sociedade, que têm denunciado o genocídio em Gaza e reiterado a importância de se tomar medidas concretas para proteger os direitos humanos.

É evidente que a posição adotada pela Bolívia não tem o objetivo de confrontar Israel, mas sim de manifestar sua indignação e repudiar as ações militares que têm causado um imenso sofrimento à população palestina. Essa postura alinha-se com a busca pela paz, pela justiça e pelos direitos humanos, valores que devem reger as relações internacionais.

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