Em segundo lugar, o Índice de Dividendos da B3 registrou uma alta de 26,84% em 2023, considerando o retorno total dos ativos, incluindo a variação do preço das ações somada aos proventos recebidos. As principais ações que compõem o Índice Dividendos, como as da Petrobras, também tiveram forte valorização no ano, o que contribuiu para o bom desempenho do índice.
Completando o pódio, o índice BDRX, que mede o desempenho de BDRs (Recibos Depositários Brasileiros), subiu 26,33%. As empresas estrangeiras que os BDRs representam tiveram um desempenho muito bom, especialmente as big techs americanas, que estão na ponta do desenvolvimento de tecnologia. A expectativa é que esses ativos continuem a subir em 2024, impulsionados pelo provável corte de juros nos EUA e pelo avanço no desenvolvimento de ferramentas de inteligência artificial.
Na renda fixa, o IMA Geral, índice composto por títulos de dívida pública, e o CDI tiveram valorização de 14,68% e 12,94%, respectivamente. A poupança, por sua vez, ficou em último lugar entre as aplicações que tiveram retorno positivo, com um rendimento de 8,21%.
Por outro lado, o dólar, o euro e o ouro tiveram desempenho negativo em relação ao real, com o dólar caindo 7,21%, o euro -3,93% e o ouro -5,96%. Essa queda do dólar foi pressionada pela expectativa de queda nos juros americanos e pela aprovação das reformas estruturais no Brasil, que fortaleceram o real.
No geral, o ano de 2023 foi favorável para a renda variável, com destaque para o Bitcoin, mas é crucial manter-se atento às mudanças no mercado e ajustar estratégias conforme as condições econômicas evoluem. O mercado financeiro continuará sendo impactado pela política de juros americanos, pelas reformas estruturais no Brasil e pelo desenvolvimento tecnológico das empresas estrangeiras, influenciando as perspectivas de retorno para os investidores em 2024.
