Rogério de Andrade, figura conhecida por ser o maior bicheiro do Rio e patrono da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel, foi preso na Operação Último Ato, realizada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. A nova denúncia aponta provas que indicam que o bicheiro seria o mentor do assassinato de Fernando Iggnácio, genro e sucessor de Castor de Andrade, também contraventor.
O crime ocorreu em novembro de 2020, quando Iggnácio foi alvejado por tiros de fuzil 556 na zona oeste do Rio, logo após desembarcar de um helicóptero vindo de Angra dos Reis. A promotoria afirmou que Rogério era responsável por sucessivas execuções relacionadas à disputa entre ele e Fernando Iggnácio. Além disso, Gilmar Eneas Lisboa, um PM reformado, teria sido identificado como responsável por monitorar a vítima antes de sua morte, porém não foi mencionado na primeira denúncia.
Apesar de uma ação penal anterior ter sido trancada por falta de provas em 2022 pelo STF, novas investigações conduzidas pelo Gaeco trouxeram à tona informações que levaram à prisão de Rogério de Andrade e Gilmar Eneas Lisboa. O bicheiro aguarda sua transferência para um presídio federal de segurança máxima, enquanto as investigações continuam em andamento para esclarecer o caso.