A presença da cantora em Salvador marcou o fortalecimento do movimento de exaltação da negritude, que tem sido uma marca constante em suas obras mais recentes. Beyoncé valoriza elementos da identidade negra em sua arte, na estética de seus clipes e na performance de seus shows, além de homenagear artistas precursores e denunciar o racismo. Esse projeto estético e político fez todo sentido em Salvador, uma cidade marcada pela desigualdade racial e pelo passado colonial, que produz e exporta uma arte que reflete a beleza, a alegria e a resiliência da presença negra no mundo.
Além disso, a festa de lançamento em Salvador também refletiu a influência da música negra, com a presença dos tambores da banda percussiva Didá, formada apenas por mulheres. O grupo, fundado em 1993, no Centro Histórico de Salvador, tem raízes profundas na cultura afro-brasileira e representa a herança musical da cidade. A batida dos tambores do Pelourinho já tinha atraído outra estrela da música mundial no passado: Michael Jackson. O Rei do Pop esteve na cidade em 1996, para gravar um clipe, demonstrando a relevância histórica e cultural de Salvador para a música negra mundial.
A presença de Beyoncé em Salvador foi um marco importante para os fãs e para a própria artista, solidificando sua conexão com a cidade e reforçando seu compromisso com a representatividade e a valorização da cultura negra. Fotos e relatos compartilhados nas redes sociais refletiram a emoção e a surpresa dos presentes diante da presença da musa, demonstrando a importância desse momento histórico para a comunidade de fãs e para a própria Beyoncé. A presença da cantora em Salvador representa um marco na valorização da música negra e da cultura afro-brasileira, reforçando a importância da cidade como um polo de convergência e preservação das heranças africanas. Belezas, alegria e resiliência que marcam a presença negra no mundo.
