A economia é um fator-chave nesse contexto, já que as taxas haviam sido aumentadas pelo Fed na tentativa de conter a inflação, que estava alta na época. No entanto, mesmo com os esforços para esfriar a economia, a inflação diminuiu, o que torna a manutenção das taxas de juros alta uma medida questionável. A taxa de desemprego continua próxima de uma mínima de 50 anos e a inflação também está em queda. Portanto, a guerra contra a inflação pode ser considerada encerrada.
No entanto, cortar as taxas de juros terá implicações políticas, já que isso pode ser interpretado como uma tentativa de favorecer o atual presidente, Joe Biden. Além disso, os críticos de Donald Trump provavelmente acusarão os cortes como uma estratégia para reeleger Biden. A paranoia sobre conspirações é comum entre os apoiadores de Trump, associando qualquer ação do Fed com uma suposta manipulação política.
Dessa forma, espera-se que o Fed enfrente pressão política para manter as taxas altas, apesar dos argumentos econômicos em contrário. Há preocupações sobre a habilidade do Fed de resistir à pressão externa e manter a independência na tomada de decisões. Trump já tem um histórico de pressionar o Fed a seguir suas orientações, o que estabelece um padrão para os ataques a qualquer decisão contrária aos interesses políticos.
Diante desse cenário, é fundamental que o Fed reconheça a importância de suas funções e mantenha a independência diante de interferências políticas. No entanto, resta saber como o Fed reagirá aos possíveis ataques e pressões, e se conseguirá manter a integridade de suas decisões frente ao cenário político conturbado.