Bancadas ruralista e evangélica se mobilizam contra o PNE de Lula e pedem adiamento da Conferência Nacional de Educação

A relação entre as bancadas ruralista e evangélica do Congresso Nacional e o governo Lula tem se tornado mais tensa nos últimos tempos. Isso se deve, em grande parte, à mobilização conjunta desses grupos contra o Plano Nacional de Educação (PNE) do governo petista.

Em uma nota conjunta publicada recentemente, os parlamentares dessas duas bancadas, juntamente com outras frentes do Congresso ligadas a movimentos conservadores, pediram o adiamento da Conferência Nacional de Educação (Conae) deste ano e fizeram duras críticas às políticas educacionais do governo Lula.

Essa ação dos parlamentares acirrou ainda mais os ânimos da relação entre o governo petista e a ala mais conservadora do Congresso, colocando novamente a educação como palco dessa disputa política.

Essa não é a primeira vez que a bancada ruralista se coloca agressivamente contra a gestão petista. Já em novembro de 2023, os parlamentares criticaram o Exame Nacional do Ensino Médio e pediram a anulação de questões relacionadas ao agronegócio.

Já a bancada evangélica, após Lula revogar uma norma que suspendia um benefício tributário a pastores, fez críticas à gestão petista e pediu a retomada da vantagem.

A Conae de 2024 foi convocada de forma extraordinária pelo governo para debater o Plano Nacional de Educação e está marcada para começar em 28 de janeiro. No entanto, as frentes parlamentares já criticaram trechos do documento de referência da conferência, alegando viés político e ideológico no texto.

A bancada evangélica tem sido especialmente vocal contra o governo, exigindo a suspensão do documento para que todos os setores econômicos e sociais possam participar ativamente das discussões.

Essas tensões entre Executivo e Legislativo durante o recesso do Congresso Nacional têm mostrado o quão polarizada está a política brasileira, com a educação tornando-se um campo de batalha entre os diferentes grupos políticos. A decisão de adiar ou manter a Conferência Nacional de Educação certamente continuará a gerar debates acalorados no Congresso.

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