Entre risadas por conta dos fogachos da idade, o tema do sono se tornou tão envolvente quanto um show da Madonna para as amigas, e até mesmo para alguns amigos também. A preparação para uma noite tranquila de sono se tornou um ritual, com playlist adequada, luz ambiente, e claro, a indispensável ingestão de medicamentos liberados pela Anvisa.
As festas que costumavam começar tarde foram alteradas, agora marcadas para horários mais acessíveis como almoços e até cafés da manhã. Até mesmo uma festa surpresa para a professora de ginástica, marcada para as 6h30 da manhã, fez com que eu me sentisse jovem novamente, saindo de casa ainda com o torpor da noite.
A preocupação com a saúde se tornou prioridade, com a escolha de locais baseada não mais nos frequentadores, mas sim nas opções de cardápio sem glúten, sem lactose e sem álcool. Exercícios físicos, antes vistos como forma de manter a saúde, agora podem resultar em dores nas costas ou joelhos, mostrando que o equilíbrio na meia-idade é como um cubo mágico.
Apesar de todas as dores e desconfortos, o que realmente comove ao olhar para os amigos é perceber que, mesmo após tantos anos de experiências e aprendizados, o mundo continua o mesmo, ou até pior. A corrida dos boletos, o estresse do dia a dia e a falta de memória tornam a meia-idade um desafio, mas, pelo menos, podemos comemorar por estarmos vivos para enfrentar esses desafios.