Baixa natalidade no Brasil: Os desafios da liberdade de escolha e do mercado de comportamento em queda de nascimentos.

A queda da natalidade no Brasil é um fenômeno que tem despertado a atenção dos especialistas. Segundo os inteligentinhos, como são chamados aqueles que buscam explicar o problema com base em suas obsessões ideológicas, a desigualdade social, o aquecimento global e os preconceitos estruturais são algumas das causas apontadas para essa redução no número de nascimentos.

No entanto, há quem argumente que a desigualdade social pode, na realidade, funcionar a favor da natalidade, sendo as mulheres de adesão religiosa estrita ou as mais pobres as que mais têm filhos. Para aqueles que têm mais opções e liberdade de escolha, a decisão de ter filhos torna-se mais complexa e, muitas vezes, adiada.

Os avanços modernos, como a maior acessibilidade à educação e o sucesso profissional das mulheres, têm contribuído para a redução da natalidade. A liberdade de escolha, um valor liberal por excelência, tem sido apontada como um dos principais motivos para essa queda, ao permitir que homens e mulheres optem por não ter filhos.

No entanto, a maternidade e a paternidade continuam a ser vistas como um obstáculo para o sucesso profissional, especialmente no caso das mulheres. Apesar de reportagens mostrarem exemplos de mulheres bem-sucedidas que conciliam carreira e maternidade, a realidade é que ter filhos pode trazer complicações como custos adicionais, dificuldades emocionais e impactos na vida afetiva.

Com o envelhecimento da população e a diminuição do número de nascimentos, surgem preocupações sobre o futuro da previdência e a sustentabilidade do país. Alguns culpam o patriarcalismo, o neoliberalismo, o cristianismo e o sexismo pela baixa natalidade, enquanto outros simplesmente afirmam que não desejam ter filhos por considerarem que já existem muitas crianças no mundo.

A busca pela felicidade e a liberdade de escolha têm levado muitos casais a adiar ou mesmo renunciar à maternidade e paternidade, colocando em xeque a sustentação demográfica da sociedade. Para alguns, essa situação reflete as contradições da racionalidade moderna e evidencia os desafios enfrentados pela espécie humana no mundo contemporâneo.

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