Uma das falhas ocorreu em março, quando o modelo ATR 72-500 da Voepass apresentou mau funcionamento no sistema hidráulico. Durante um voo de Recife (PE) para Salvador (BA), o painel de controle indicou uma mensagem de baixo nível de óleo hidráulico, mas a tripulação seguiu os procedimentos corretos e conseguiu lidar com o problema. Posteriormente, ao pousar em Salvador, a aeronave teve um contato anormal com a pista, causando danos leves, mas sem ferir passageiros e tripulantes.
Apesar das ocorrências registradas no sistema do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e no Aviation Safety Network, as autoridades ainda não estabeleceram oficialmente uma relação entre as falhas e o acidente. Especialistas ressaltam que um problema no sistema hidráulico não necessariamente está ligado à principal hipótese do acidente, que seria a formação de gelo nas asas da aeronave.
Um piloto aposentado da Força Aérea Brasileira e perito em acidentes aéreos explicou que as falhas registradas anteriormente não influenciam diretamente na formação de gelo nas asas. Além disso, ressaltou que o avião envolvido no acidente estava preparado para voar em condições suscetíveis à formação de gelo.
As investigações do Cenipa continuam e o relatório preliminar do acidente deve ser divulgado em breve. Até o momento, os dados das caixas-pretas da aeronave revelaram a ausência de comunicação entre o piloto e a torre de controle, o que será analisado mais a fundo durante a investigação. A conclusão final sobre as causas do acidente ainda está em andamento.