Avaliação negativa do trabalho do ministro da Fazenda e piora na expectativa para a economia brasileira, mostra pesquisa.

Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (19) mostrou que tanto a avaliação do trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, quanto a expectativa para a economia brasileira pioraram em setembro na opinião do mercado financeiro. Os números foram revelados pela pesquisa Quaest, contratada pela Genial Investimentos.

De acordo com a pesquisa, o percentual dos entrevistados que avaliam o trabalho do ministro como positivo caiu de 65% em julho para 46% em setembro. Já a avaliação negativa subiu de 11% para 23% no mesmo período. Em relação à avaliação regular do trabalho de Haddad, houve um aumento de 24% para 31%.

A pesquisa também sinalizou uma queda na expectativa sobre a economia. Em julho, 53% dos entrevistados esperavam que a economia melhorasse nos próximos 12 meses, porém, em setembro esse número caiu para 36%. Já o percentual daqueles que preveem que a economia piore subiu de 21% para 34%.

Além disso, a pesquisa revelou que para 72% dos entrevistados, a política econômica do país está indo na direção errada, contra 53% na pesquisa anterior. Por outro lado, o percentual daqueles que consideram a política econômica na direção certa caiu de 47% para 28%.

Quanto aos problemas que dificultam a melhora da economia, 57% dos entrevistados afirmaram que a falta de uma política fiscal eficiente é o principal obstáculo, um aumento em relação aos 45% da pesquisa anterior. Além disso, 22% culpam interesses eleitorais, 15% apontam a baixa escolaridade e produtividade da população e 6% responsabilizam a alta taxa de juros.

A sondagem também mostrou um descontentamento em relação ao novo Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) do governo federal, que prevê investimentos de R$ 1,7 trilhão. Segundo a pesquisa, 71% dos entrevistados veem o Novo PAC como uma medida negativa. Além disso, 85% consideram que o valor de investimento anunciado é inadequado e 86% acreditam que esses investimentos não serão eficientes para fazer o país crescer.

A pesquisa também incluiu perguntas sobre a expectativa para a taxa Selic, e 80% dos entrevistados apostam em uma taxa básica de 12,75% ao ano, uma redução de 0,50 ponto percentual em relação ao patamar atual de 13,25% ao ano.

A pesquisa foi realizada entre os dias 13 a 18 de setembro e entrevistou 87 fundos de investimento com sede em São Paulo e Rio de Janeiro. O público-alvo eram gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão do mercado financeiro.

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