Ausência de DNA na cena do crime gera questionamentos sobre a condenação de réus, diz ONG em pedido de habeas corpus.

“A dúvida paira sobre a condenação de réus em um caso de assassinato brutal que chocou o país. A ONG responsável pela defesa dos acusados afirma que não há comprovação de DNA na cena do crime, o que levanta questionamentos sobre a validade das provas apresentadas no julgamento.

Segundo a representante da ONG, Dora Cavalcanti, a falta de confronto genético entre o DNA dos réus e o material genético encontrado nos objetos e vestígios coletados na cena do crime revela falhas na apuração das mortes. Ela ressalta a ausência de provas concretas que liguem os acusados aos assassinatos.

Além disso, a ONG alega ter estudado o caso por meses, analisando minuciosamente os mais de 16.000 folhas dos autos, juntamente com os laudos periciais produzidos durante o inquérito. O pedido de habeas corpus destaca a inconsistência nos depoimentos colhidos na fase administrativa, que teriam passado por mudanças de versão antes de envolver a pessoa de Mairlon no enredo criminoso.

Por outro lado, o Ministério Público contesta as alegações da ONG, afirmando que a nova versão carece de valor jurídico. O promotor Marcelo Leite Borges argumenta que os réus já mudaram de versão em outras ocasiões, e que as recentes alegações são apenas uma tentativa de reabrir um caso já transitado em julgado.

O caso ganhou ainda mais repercussão com a condenação da filha do casal assassinado, a arquiteta Adriana Villela, a 67 anos e seis meses de reclusão em regime fechado. O julgamento durou 103 horas e foi o mais longo da história do Distrito Federal. Adriana foi acusada de supostamente ter mandado matar seus próprios pais, mas nega as acusações.

Diante desse cenário, o caso continua suscitando debates acalorados e levantando questionamentos sobre a validade das provas apresentadas no processo. Enquanto a ONG luta para reverter a condenação dos réus baseada na ausência de DNA na cena do crime, a sociedade aguarda atentamente os desdobramentos desse caso que ainda é permeado por incertezas e polêmicas.”

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