As controvérsias não têm sido poucas. Desde acusações de espionagem e corrupção envolvendo um candidato às eleições europeias, até a categorização pelas autoridades alemãs como suspeita de extremismo de direita, a AfD tem enfrentado diversos desafios. Além disso, protestos públicos contra planos de expulsão de imigrantes discutidos em um evento em Potsdam também geraram polêmica. No entanto, esses obstáculos não parecem ter impactado a popularidade do partido em determinados setores da sociedade alemã.
Na última eleição europeia, a AfD obteve expressivos 15,9% dos votos, ficando atrás apenas da aliança entre os partidos conservadores CDU e CSU, que alcançaram 30%. Esse resultado consolidou a posição do partido no cenário político alemão e demonstrou sua força junto ao eleitorado.
Para muitos cientistas políticos, o atual crescimento da AfD está relacionado à polarização social. Segundo Benjamin Höhne, da Universidade de Magdeburg, o partido se beneficia desse cenário ao representar demandas sociais conservadoras e autoritárias, em contraponto às posições progressistas do Partido Verde. Essa divisão clara entre os dois partidos tem impulsionado o número de filiados em ambos os lados, demonstrando a complexidade e a diversidade do cenário político atual na Alemanha.
Dessa forma, a ascensão da AfD e seus 40 mil filiados refletem não apenas um crescimento numérico, mas também uma mudança no panorama político do país, que passa por transformações e polarizações cada vez mais evidentes.