Aumento “sem precedentes” de assentamentos na Cisjordânia ocupada desde o início da guerra em Gaza, revela estudo da ONG israelense.

Desde o início do conflito na Faixa de Gaza, a Cisjordânia ocupada tem testemunhado um aumento significativo no número de assentamentos e de novas rotas para os colonos, de acordo com um estudo realizado pela organização não governamental israelense Peace Now. Segundo o relatório, nove assentamentos conhecidos como “outposts” surgiram na região desde o início da guerra entre Israel e o grupo islâmico Hamas, desencadeada pelo ataque palestino em 7 de outubro.

A Cisjordânia, território ocupado pelo Exército israelense desde 1967, tem enfrentado um agravamento da violência desde o início do conflito em Gaza. Além disso, o estudo da Peace Now aponta para um aumento das atividades dos colonos, com o objetivo de “marginalizar” os palestinos na região.

O relatório da ONG revela que o aumento no número de assentamentos e rotas para os colonos é considerado “sem precedentes”, o que levanta preocupações sobre os impactos na população palestina e no processo de paz na região. As atividades de colonização, de acordo com a Peace Now, estão exacerbando as tensões já existentes entre israelenses e palestinos, e complicando ainda mais os esforços para alcançar uma solução pacífica e duradoura.

Além disso, o aumento dos assentamentos e das rotas para os colonos na Cisjordânia destaca a tendência de expansão da ocupação israelense, o que é objeto de críticas por parte da comunidade internacional. A construção de assentamentos em territórios palestinos é considerada ilegal sob o direito internacional, e muitos países e organizações internacionais condenam essa prática.

Diante desse cenário, a comunidade internacional continua a pressionar por um cessar-fogo duradouro e por negociações que possam levar a uma solução pacífica para o conflito entre israelenses e palestinos. A Peace Now apela para a necessidade de frear a expansão dos assentamentos e a criação de novas rotas para os colonos, a fim de preservar a viabilidade de uma solução de dois estados e promover a paz na região.

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