Segundo o infectologista David Uip, diretor nacional de infectologia da Rede D’Or, o número real de casos pode ser ainda maior do que o divulgado, uma vez que muitos testes são realizados em casa e os resultados não são reportados ao governo. A infectologista Emy Gouveia, do Hospital Albert Einstein, também alerta para a possibilidade de subnotificação, uma vez que a introdução de uma nova variante do vírus, a JN.1 da Ômicron, tem contribuído para o aumento no número de casos, fato que é corroborado pela infectologista Emy Gouveia.
A proximidade do carnaval, segundo o infectologista Renato Grinbaum, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), preocupa ainda mais as autoridades de saúde, devido às aglomerações característica desse período, favorecendo a propagação do vírus. Contudo, Grinbaum aponta que, ao contrário do que acontecia no início da pandemia, a maioria da população já teve contato com o vírus e está vacinada, o que pode reduzir a gravidade dos casos de covid-19.
Além disso, a dengue também representa uma preocupação para as autoridades de saúde, visto que os sintomas iniciais da doença são semelhantes aos da covid-19. O infectologista David Uip destaca a importância de os profissionais de saúde estarem preparados para realizar o diagnóstico de forma adequada, considerando a possibilidade de infecções simultâneas por ambos os vírus.
No entanto, Emy Gouveia ressalta que a diferenciação entre dengue e covid-19 é feita por meio da avaliação médica e exames laboratoriais específicos, alertando para a possibilidade de infecção pelos dois vírus ao mesmo tempo. Já o infectologista David Uip destaca que a dengue costuma causar uma sensação de “quebra de ossos”, enquanto a covid-19 tem sido associada principalmente a dor de garganta.
Em meio a esse cenário preocupante, é fundamental que a população esteja atenta aos sintomas e busque atendimento médico quando necessário, mantendo os cuidados e as medidas de prevenção estabelecidas pelas autoridades de saúde.