Repórter São Paulo – SP – Brasil

Aumento expressivo de denúncias de assédio eleitoral marca a campanha para prefeitos e vereadores em 2024.

A campanha eleitoral para prefeitos e vereadores está em destaque devido às 319 denúncias de assédio eleitoral registradas até o momento, conforme informações do Ministério Público do Trabalho (MPT). Esse número representa um aumento significativo em relação às 68 acusações contabilizadas no primeiro turno das eleições de 2022. Os dados mais recentes apontam que a Bahia lidera o ranking, com 45 denúncias, seguida por São Paulo, Paraíba, Goiás e Minas Gerais.

O procurador-geral do Trabalho, José de Lima Ramos Pereira, analisa o cenário atual e acredita que as eleições municipais não atingirão o mesmo nível de denúncias registrado nas eleições gerais de 2022, que totalizaram 3.606 casos após o segundo turno. Ele destaca a intensidade das paixões políticas e a natureza explícita dos assédios observados nas eleições passadas, ressaltando a importância de estudos sobre o tema.

O assédio eleitoral engloba práticas coercitivas que buscam influenciar o voto e a manifestação política dos trabalhadores, podendo incluir ameaças, constrangimentos e intimidações. Diversas formas de assédio foram registradas em vários estados do país, com exceção do Amapá. Alguns casos ilustrativos foram descritos, evidenciando a vulnerabilidade social que muitas vezes está associada a esse tipo de prática.

No que diz respeito à legislação, as pessoas acusadas de assédio eleitoral podem ser convocadas para prestar esclarecimentos e assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que prevê a reparação por danos sociais e morais aos trabalhadores afetados. As autoridades competentes continuam investigando os casos, a fim de garantir a lisura do processo eleitoral e coibir práticas abusivas.

Por fim, é importante ressaltar que as denúncias de assédio eleitoral podem e devem ser feitas através do site do Ministério Público do Trabalho, contribuindo para a erradicação dessas práticas nocivas ao processo democrático. A sociedade civil e as instituições públicas têm um papel fundamental no combate ao assédio eleitoral e na promoção da transparência e integridade nas eleições municipais.

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