Aumento de furtos de celular no parque Villa Lobos preocupa frequentadores e gera debate sobre segurança no local.

Recentemente, frequentadores do Parque Villa Lobos, localizado na zona oeste de São Paulo, têm relatado um aumento nos furtos de celulares, cometidos pela chamada “gangue da bicicleta”. De acordo com os relatos, os assaltantes agem quando a vítima está distraída com o aparelho na mão e, após o furto, aproveitam a proximidade do parque com a ciclovia que segue até a marginal Pinheiros para escapar.

O ambulante Osmar Luís, que trabalha na entrada principal do parque desde sua inauguração, em 1989, afirma ter presenciado pelo menos um furto a cada fim de semana, especialmente em dias mais movimentados. Ele ressalta a necessidade de maior segurança para os frequentadores do parque, apontando para a responsabilidade das autoridades em garantir a proteção da população.

Os dados das duas delegacias que atendem as ocorrências no local também confirmam o aumento dos furtos. No ano passado, houve um aumento de 35% nos registros de 11,1 mil casos nos distritos policiais de Pinheiros (14º) e Ceagesp (91º) em comparação com 2022.

Diante desse cenário, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) se pronunciou, informando que o policiamento será intensificado no entorno do parque. No ano passado, houve um aumento de 19,9% de prisões e apreensões na região, o que representa 151 registros a mais do que em 2022.

O Parque Villa Lobos está sob concessão privada desde agosto de 2022, quando passou a ser gerido pelo consórcio Novos Parques Urbanos. A concessionária afirmou que mantém um efetivo de 90 funcionários em esquema de rodízio para realizar rondas a pé e motorizadas, além de ocupar 47 postos fixos de vigilância nos parques Villa-Lobos e Cândido Portinari.

A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística confirmou a contratação de uma nova empresa de vigilância, com efetivo extra nos horários de maior incidência de ocorrências.

A Agência Reguladora de Serviços Públicos (Arsesp) do Estado de São Paulo, responsável por fiscalizar o contrato de concessão, afirmou que o serviço de segurança patrimonial é um indicador específico na avaliação da concessão, e que, até o momento, a concessionária tem atendido satisfatoriamente a esse quesito.

Além disso, o contrato de concessão prevê a instalação de um Centro de Controle Operacional (CCO), o qual está em fase final de implantação, segundo o consórcio responsável pela gestão do parque. Tais medidas visam garantir a segurança dos frequentadores e coibir a atuação dos criminosos.

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