Aumento de alíquotas de importação para produtos químicos impulsiona indústria petroquímica e gera rumores de negociação entre Petrobras e Braskem

Governo brasileiro aumenta alíquotas de importação para fomentar indústria petroquímica

O governo tomou uma decisão que impactou diretamente a indústria petroquímica, ao elevar as alíquotas de importação para 30 produtos químicos. A medida foi vista como uma forma de estimular o setor e gerou rumores de que o governo estaria intervindo nas negociações entre a Petrobras, a Braskem e a Novonor (ex-Odebrecht).

Atualmente, a Petrobras detém 36,1% das ações da Braskem, enquanto a Novonor possui 38,3%. O restante das ações está disponível no mercado. A expectativa de valorização da empresa com as barreiras tarifárias para insumos não foi suficiente para evitar uma queda de 3,4% nas ações da companhia.

Analistas financeiros calculam que o aumento do imposto de importação, que variou entre 10,8% e 20%, poderá resultar em um acréscimo de US$ 300 milhões no Ebitda da Braskem, elevando o valor de mercado da empresa em US$ 3 bilhões.

A situação da Novonor, em recuperação judicial, complica ainda mais o cenário. A empresa busca há tempos vender sua participação na Braskem, mas as negociações não têm avançado. A proposta da petroleira Adnoc, dos Emirados Árabes Unidos, não teve sucesso, e agora o controle das ações da Novonor está nas mãos de bancos credores.

Existe a preocupação de potenciais compradores em relação a interferências do governo na empresa por meio da Petrobras. Alguns analistas especulam que, caso não haja interessados, o governo poderia adquirir as ações da Novonor e liberar a empresa da recuperação judicial.

O Ministério de Minas e Energia, ao qual a Petrobras é vinculada, nega qualquer plano de interferência do governo na estatal ou na Braskem. As negociações entre a Petrobras e a Novonor continuam indefinidas, deixando o mercado em suspense sobre os próximos desdobramentos.

Por Diego Felix.

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