Segundo os dados obtidos, os casos de violência física, sexual e psicológica contra pessoas LGBTQIA+ estão concentrados principalmente nas regiões periféricas da cidade, com o distrito do Itaim Paulista liderando as notificações. O relatório também aponta que a implementação da Delegacia Eletrônica contribuiu significativamente para o aumento dos boletins de ocorrência, especialmente entre as mulheres, que representam 51% dos registros.
Além disso, o estudo identificou que homens, jovens e negros são os mais vulneráveis à violência motivada por LGBTfobia em São Paulo. Cerca de 69% das vítimas têm até 29 anos de idade, e os negros correspondem a 55% dos casos, mesmo representando apenas 43,5% da população da cidade.
O diretor-executivo do Instituto Pólis, Rodrigo Iacovini, ressaltou a importância de políticas públicas que garantam o direito à cidade para a comunidade LGBTQIA+, destacando a necessidade de aprimoramentos na segurança pública e no atendimento às mulheres lésbicas, bissexuais e trans.
O estudo completo, intitulado “Violências LGBTQIAPN+ na Cidade de São Paulo”, será divulgado na próxima sexta-feira, por ocasião do Dia Mundial de Combate à LGBTfobia. Os dados obtidos nas áreas de saúde e segurança foram disponibilizados por meio da Lei de Acesso à Informação.
Diante desse cenário preocupante, é fundamental que medidas eficazes sejam tomadas para garantir a segurança e o respeito à diversidade da população LGBTQIA+ em São Paulo. A conscientização e ações concretas são essenciais para combater a LGBTfobia e promover uma sociedade mais justa e igualitária para todos.