Repórter São Paulo – SP – Brasil

Aumento alarmante de mortes em acidentes de ônibus nas rodovias federais preocupa autoridades de trânsito

Nos primeiros cinco meses deste ano, um total de 49 pessoas perderam a vida em acidentes de ônibus nas rodovias federais do Brasil. Esse número representa um aumento de 32% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Embora a quantidade de acidentes envolvendo veículos de transporte coletivo tenha aumentado apenas 1%, a letalidade média desses acidentes cresceu significativamente. Isso marca uma mudança em relação à tendência dos últimos anos, quando o Brasil registrou queda no número de vítimas em acidentes de ônibus.

Um incidente em particular se destaca, pois foi responsável por quase metade das mortes registradas nas estradas federais em 2024. Em 7 de janeiro, um micro-ônibus e um caminhão colidiram de frente na rodovia BR-324, próximo à cidade de São José do Jacuípe (BA), resultando na morte de 24 pessoas, sendo 21 dentro do micro-ônibus.

Os dados da PRF refletem parcialmente a realidade das mortes no trânsito, um problema que tem se agravado nos últimos anos. O trágico acidente que vitimou 12 pessoas em Itapetininga (SP) na última sexta-feira, por exemplo, não será contabilizado nessa estatística, uma vez que ocorreu em uma rodovia estadual.

Os números revelam que a letalidade no trânsito rodoviário tem aumentado no Brasil, apesar de uma queda progressiva no número de mortes em acidentes de ônibus entre 2017 e 2020. O ano de 2021 apresentou um aumento de 57% nos óbitos em relação ao ano anterior, e embora os números tenham voltado a cair desde então, as mortes no trânsito continuam a preocupar as autoridades.

Dados do Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde indicam uma inversão na tendência de redução das mortes no trânsito a partir de 2019. No entanto, a análise dos números evidencia que outras categorias de veículos, como automóveis, motos e caminhões, são mais frequentemente envolvidas em acidentes fatais nas rodovias federais.

Os motoristas continuam sendo os principais responsáveis pelos acidentes, principalmente devido à reação tardia ou ineficiente ao volante. A ingestão de bebidas alcoólicas também é uma causa significativa de acidentes, assim como a negligência ao observar outros veículos ao entrar na via.

No cenário atual, é fundamental um maior investimento em educação no trânsito e na fiscalização para reverter essa tendência preocupante de aumento da letalidade nas rodovias federais do Brasil. A segurança dos passageiros e condutores deve ser uma prioridade constante para reduzir o número de vítimas e garantir viagens mais seguras para todos.

Sair da versão mobile