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Auditores fiscais da Receita Federal anunciam paralisação de 48 horas para pressionar governo por reajustes em acordo não cumprido.

Auditores fiscais da Receita Federal anunciaram uma paralisação de 48 horas para os dias 28 e 29 de setembro, com o objetivo de pressionar o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos a abrir uma mesa de negociação para discutir reajustes salariais para a categoria. Durante o período de greve, as operações-padrão nas aduanas, que envolvem a inspeção e controle de mercadorias, continuarão a ser realizadas, com prioridade para cargas como alimentos, remédios e animais vivos.

Segundo Dão Real, diretor de assuntos internacionais e intersindicais do Sindifisco Nacional, a paralisação poderá ter impacto em diversas atividades que vão desde o controle do comércio internacional até projetos relacionados à reforma tributária. A greve foi motivada pelo descumprimento de um acordo firmado com os auditores desde 31 de julho. O Sindifisco Nacional destaca que a solução para esses problemas está nas mãos do governo.

Em 2023, foi assinado um acordo para conceder um bônus aos auditores, com acréscimo de 11,33% nos salários, limitado a R$ 5.000 por mês, caso atinjam 100% de produtividade. O Sindifisco Nacional agora reivindica um reajuste do vencimento básico, após perdas inflacionárias, e pede uma abertura de mesa específica para negociar os salários dos auditores, o que estava previsto para julho deste ano, mas ainda não ocorreu.

Os auditores fiscais da Receita Federal estão entre as carreiras com maiores salários no Executivo, com vencimento básico inicial de R$ 22.921,71 e podendo chegar a R$ 34.760,95 com o bônus de produtividade. Em contrapartida, o MGI fechou 45 acordos de reajuste salarial com 98,2% da força de trabalho do governo federal, com impacto orçamentário de R$ 16 bilhões para o próximo ano. Alguns desses acordos abrangem mais de uma categoria, como no caso das carreiras de Previdência, Saúde e Trabalho, do Denasus e de agentes de combate às endemias.

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