De acordo com as informações obtidas pelos investigadores, as mensagens encontradas no WhatsApp mostram que Ricardo Catunda estava envolvido em esquemas de propina, com a entrega de R$ 5 mil por mês. Essas transações ilícitas teriam ocorrido entre fevereiro de 2023 e abril de 2024, totalizando um montante de R$ 75 mil recebidos pelo auditor.
As investigações também apontaram que a entrega do dinheiro era feita pessoalmente, com encontros marcados em locais específicos. Inicialmente, estava prevista a entrega em um shopping próximo à avenida Faria Lima, porém, posteriormente, a negociação ocorreu em uma churrascaria no Jardim Anália Franco, bairro nobre da zona leste de São Paulo.
A Operação Barão de Itararé, que resultou nas buscas nos endereços de Ricardo Catunda, determinou o afastamento do auditor do cargo por ordem judicial. Além disso, a Corregedoria da Fiscalização Tributária foi acionada para investigar possíveis irregularidades relacionadas aos fiscais.
Segundo a Polícia Federal, as conversas entre o auditor e a quadrilha seguiam um padrão específico, com contatos mensais para a entrega da propina. Os investigadores afirmaram que o esquema de pagamentos em dinheiro vivo teve início em fevereiro de 2023, quando o contador Gilberto Laureano Júnior repassou os dados pessoais de Catunda para o empresário Bruno D’Amico, apontado como chefe do grupo.
Todo esse esquema de corrupção revelado nas mensagens encontradas no celular do membro da quadrilha de combustíveis adulterados demonstra a gravidade e extensão dos crimes cometidos, envolvendo altos valores e agentes públicos. A defesa de Ricardo Catunda ainda não se pronunciou sobre as acusações, mas o espaço está aberto para manifestação.