Diferentemente das discussões anteriores sobre a Cannabis medicinal, desta vez o foco foi na subespécie da planta conhecida como cânhamo industrial. Essa variedade possui uma concentração quase zero de THC, substância responsável pelo efeito psicoativo da maconha, o que a torna ideal para a produção de uma variedade de produtos, como tijolos, roupas, plásticos, cosméticos, entre outros. Além disso, o cânhamo industrial se destaca por sua capacidade de sequestro de carbono e regeneração de solos degradados.
Os convidados especiais para a audiência foram Ubiracir Fernandes, químico e pesquisador, Kiara Cardoso, CEO da DNA Soluções, e Renata Lima, ativista e CEO da Queen Co. O deputado Caio França (PSB), autor da Lei 17.618/23 que incluiu o CBD (canabidiol) na rede de saúde pública de São Paulo, destacou a importância de inserir o cânhamo industrial na matriz agrobrasileira, aproveitando a expertise adquirida com a Cannabis medicinal.
Além da audiência, também foi inaugurada a mostra “O potencial econômico e sustentável do cânhamo no Brasil” no espaço Heróis de 32, na Alesp. A exposição inédita em São Paulo tem como objetivo ilustrar as oportunidades de mercado que o cânhamo pode proporcionar, podendo gerar bilhões em vendas de insumos, criar centenas de milhares de empregos diretos e arrecadar milhões em impostos.
Com o debate sobre o cânhamo em pauta, a expectativa é de que o Brasil possa explorar todo o potencial dessa planta e trazer benefícios econômicos e ambientais significativos para o país. A audiência e a mostra na Alesp são passos importantes nesse caminho de desenvolvimento e sustentabilidade.