Essa situação tem levado os fabricantes a pararem a produção devido à falta de matéria-prima que está retida em portos e aeroportos, o que pode resultar em um risco real de desabastecimento de medicamentos essenciais para doenças crônicas. O Grupo FarmaBrasil denuncia um atraso de 15 dias nas aprovações de 30% das anuências de importação, quando antes o prazo era de apenas um dia. Além disso, sete grandes áreas da Anvisa deixaram de agendar audiências, impactando quase mil petições que aguardam análise.
O presidente do Grupo FarmaBrasil, Reginaldo Arcuri, alerta para as consequências graves dessa situação, destacando que o desabastecimento afetará até mesmo programas governamentais como o Farmácia Popular. Medicamentos essenciais para problemas cardíacos e anticoncepcionais estão entre os produtos que estão parados há mais de 45 dias nos portos e aeroportos.
Em consequência desse impasse, a saúde pública está em sério risco de não ter acesso a medicamentos essenciais. A população mais vulnerável, que depende desses remédios para manter sua qualidade de vida, pode ser duramente afetada. A demora na liberação dos registros na Anvisa coloca em xeque a própria capacidade do sistema de saúde em garantir o acesso aos tratamentos necessários para a população brasileira. É urgente que medidas sejam tomadas para resolver essa situação e evitar uma crise ainda maior.