Os resultados da pesquisa também revelaram que, mesmo entre os eleitores de Jair Bolsonaro, a maioria é contrária à depredação ocorrida naquele dia, com 85% dos entrevistados reprovando os ataques. Já entre os apoiadores do presidente Lula, a parcela de reprovação subiu para 93%. Houve, no entanto, uma ligeira redução no número de pessoas que enxergam as ações de forma negativa em comparação com uma pesquisa anterior realizada logo após os atos, que registrou uma rejeição de 94% da população.
O diretor da Quaest, Felipe Nunes, avaliou os resultados da pesquisa dentro do contexto político brasileiro, ressaltando a resistência da democracia no país. Ele afirmou que a rejeição aos atos do 8 de janeiro mostra a resistência da democracia brasileira e celebrou o fato de o país não ter caído na armadilha da politização da violência institucional.
Outro ponto abordado na pesquisa foi a percepção do impacto dos atos sobre a imagem do eleitorado bolsonarista. A maioria dos entrevistados acredita que os invasores não representam os eleitores de Jair Bolsonaro, configurando apenas uma pequena parcela de radicais. No entanto, houve um aumento no número de pessoas que atribuem os atos de violência política às ações de Jair Bolsonaro, com 51% dos entrevistados enxergando influência do ex-presidente nas ações dos invasores, em comparação aos 47% registrados em janeiro de 2023.
A pesquisa mostra um panorama detalhado da percepção da população brasileira em relação aos atos de 8 de janeiro de 2023, evidenciando a rejeição generalizada e a resistência da democracia no país. Ao mesmo tempo, revela a percepção do eleitorado em relação à representação dos invasores e à influência do ex-presidente Jair Bolsonaro nos acontecimentos.