O ato fechou todas as faixas da avenida no sentido Consolação na altura do Masp por três quarteirões, causando impacto no trânsito da região. Os principais alvos da manifestação foram o deputado federal Sóstenes Cavalcante, autor do projeto de lei, e Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, responsável pela condução da votação que ocorreu de forma rápida e controversa, em apenas 23 segundos.
Durante o ato, os manifestantes entoaram lemas como “Criança não é mãe” e “Estuprador não é pai”, destacando as consequências que o projeto de lei pode ter para meninas pobres que sofrem abusos e demoram a descobrir a gravidez. Caso aprovado, o projeto colocaria em risco a vida e saúde de mulheres que já enfrentam situações de vulnerabilidade.
A marcha percorreu a avenida no sentido Consolação, sem a presença de trio elétrico, sendo conduzida pelos organizadores através de microfones e batucada. O clima geral da manifestação era de indignação e revolta diante da aprovação do projeto de lei, com manifestantes pedindo a saída de políticos envolvidos na sua tramitação.
O movimento também causou algumas discordâncias com motoristas na região e a presença policial foi solicitada para garantir a segurança e o fluxo do trânsito na Avenida Paulista. Além das manifestações em São Paulo, outros atos estavam previstos para acontecer em diferentes cidades do país, demonstrando a mobilização e a importância do tema para a sociedade brasileira. A luta pelo direito das mulheres e pelo acesso à saúde reprodutiva continuava sendo um tema relevante e urgente para o debate público.