Atleta perde medalha por ajudar guia na maratona Paralímpica: “Fui desqualificada por ser humana”, desabafa Elena Congost.

A corredora espanhola Elena Congost protagonizou um momento emocionante nos Jogos Paralímpicos ao perder uma medalha de bronze na maratona por um gesto de solidariedade com seu guia. A atleta, que compete na categoria T12, estava a poucos metros de conquistar o terceiro lugar quando seu guia, Mia Carol Bruguera, sofreu cãibras e tropeçou, levando Congost a soltar brevemente a corda que os unia.

Esse ato, que ocorreu a apenas 10 metros da linha de chegada, levou à desqualificação da atleta espanhola. Apesar de terem cruzado a linha mais de três minutos à frente do quarto colocado, as regras são claras quanto à necessidade de manter a ligação entre o atleta e o guia durante toda a prova.

Congost, que já havia conquistado a medalha de ouro na maratona T12 nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016, expressou sua decepção com a desqualificação, mas ressaltou que o gesto de soltar a corda foi um ato humano e instintivo de ajudar alguém em dificuldade. A atleta afirmou ao jornal Marca que “não foi desqualificada por trapacear, mas por ser humana”, demonstrando sua integridade durante a competição.

Enquanto Congost perdeu a medalha de bronze, duas atletas de Marrocos conquistaram os dois primeiros lugares na prova, com a japonesa Misato Michishita herdando o terceiro lugar após a desqualificação da corredora espanhola. Este foi um dos momentos marcantes das Paralimpíadas, que também contaram com outra polêmica envolvendo um atleta iraniano que teve sua medalha de ouro retirada devido a gestos considerados políticos durante a competição na categoria F41.

Em meio a essas controvérsias, o espírito esportivo e a superação dos atletas paralímpicos continuam inspirando o mundo, tornando os Jogos Paralímpicos um evento repleto de emoções e histórias de determinação.

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