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Atleta argelina pede fim dos ataques a atletas com mesma condição biológica após polêmica de gênero no esporte

A boxeadora argelina Imane Khelif se tornou o centro de uma polêmica envolvendo discussões sobre gênero no esporte. Após a italiana Angela Carini desistir da luta contra Khelif, a atleta foi alvo de ataques devido a não ter passado em um teste de gênero no Mundial de Boxe de 2023. O Comitê Olímpico Internacional a desqualificou devido a “níveis elevados de testosterona que não atendiam aos critérios de elegibilidade”.

Em entrevista à Associated Press, Khelif apelou pelo fim dos ataques a atletas com condições biológicas semelhantes à dela, citando que tais atitudes prejudicam a dignidade humana e podem ter consequências devastadoras. A atleta reforçou a importância dos princípios olímpicos e pediu para que se evite o bullying no esporte.

Nascida em Tiaret (ARG), Imane Khelif começou a competir em 2018 e conquistou títulos importantes, como os campeonatos Africano e Mediterrâneo. Atualmente, a boxeadora garantiu ao menos uma medalha de bronze após vencer a boxeadora húngara Luca Hamori e se classificar para as semifinais na categoria até 66 kg.

A declaração ácida de Hamori contra Khelif gerou repúdio do Comitê Olímpico Argelino, que destacou a importância do respeito entre os atletas no ambiente esportivo. Além disso, foi revelado que Khelif e a taiwanesa Yu Ting Lin, que também foi desqualificada por questões de gênero, competiram nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.

A situação de Khelif levantou discussões importantes sobre inclusão e respeito no esporte, além de evidenciar a necessidade de rever critérios de elegibilidade para atletas transgênero. A polêmica envolvendo a boxeadora argelina destaca a importância do diálogo e da conscientização sobre questões de gênero no âmbito esportivo.

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